No sertão Paraibano, uma mulher de traços graciosos,
apesar da vida dura que levava, teimava em lutar dia-a-dia para a subsistência
dos seus cinco filhos no árido torrão sertanejo.
O seu Marido um vagabundo ordinário, passava o dia inteiro bebendo e, ao chegar em casa, espancava ela e os filhos sem dó e piedade. Entender o Por
que dessa brutalidade toda dele é quase impossível, vendo que ela era uma
batalhadora da casa e dos filhos. Sua única preocupação depois de garantir o
sustento pela pequena roça, era a educação dos filhos, pois a Escola era a
cinco quilômetro de distância.
Toda a sobra das plantações que a mulher produzia, ele
vendia e torrava todo o dinheiro nos Bares.
Para aumentar um pouco a renda da casa além da roça, a pobre mulher lavava roupa para pessoas que viviam na
Cidade.
Sua rotina de todos os dias era acordar às cinco da manhã,
preparar o café com broa de farinha seca , arrumar os pequenos e encaminhar
para a escola, aos cuidado do filho maior.
Depois a roça lhe esperava para um trabalho árduo e sacrificante.
Ficava na roça das seis às dez e meia da manhã e retornava para preparar o
pobre almoço para as crianças, pois se o Marido
chegasse em casa e não houvesse nada feito, ele a espancava pois, qualquer desculpa era pouca para fazê-lo. A tarde lavava as roupas até a baca da noite,
e depois preparava o jantar.
Certo dia, exausta pela rotina diária a mulher dormira além
do esperado. O marido passara a noite bebendo, chegando em casa às seis da manhã. Vendo a mulher dormindo sem forças para levantar-se, o
covarde derrubara da rede onde dormia e
chutava sua cabeça sem consciência e trégua.
Vendo todo o rebuliço, o filho mais velho interveio para tentar defender a mãe
mas com um empurrão dado pelo homem ele foi ao chão. Vendo que ele ia matar sua
mãe, o menino pegou uma espingarda de soquete para caça e disparou contra o pai
o matando na hora.
Dez anos se passara e a mulher com seus cinco filhos
aumentaram sua propriedade, adquirindo gado e os dois mais velho dos filhos, o
menino e a menina se formaram e junto com sua mãe viviam tranquilamente.
PS. Caso Real.
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