Páginas

Postagens populares

sábado, 22 de dezembro de 2012

     Conforto

Em busca de emoção
Vou alucinadamente
Vou sem medo
Meto o peito
Essa busca faço
Insistentemente

Dizem ser loucura
Eu acho que não
Loucura é negar a existência
Quando se a tem na mão

O que vou levar
Quando essa vida acabar?

Nada! Nada, A vida é ilusão
Eu afirmo
Com exatidão

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Alívio



Ele acordou cedo numa manhã de sábado Para ir a feira da república com alguns livros na sua bolsa de couro para trocar por outros.
Fez café e foi a padaria comprar pão. Tomou café e saiu para o estacionamento buscar a moto. Ao sair do estacionamento, dois policiais numa viatura o manda parar e pede documento e habilitação. Ele entrega os documentos e um dos policiais informa que o documento da moto está atrasado a um mês e três dias. O policial informa que a a multa é de quinhentos e oitenta Reais e vai levar a moto para o pátio até que ele coloque em dias o documento. Ele tenta convencer os policiais a deixa-lo ir com a garantia que na segunda feira cedo colocaria o documento em ordem. Um dos policiais pergunta se ele realmente comprometeria em deixar em dias os documentos da moto. Ele respondeu que sim. Então gentilmente um dos policiais disse que ainda não havia tomado café e logo ele tirou o dinheiro que tinha para passar o final de semana e passou ao policial. O policial disse vai com Deus, ele disse bom serviço.
Chegou às oito horas na feira apesar de começar a funcionar às dez. Pensou que se tivesse saído um pouco mais tarde estaria com seu dinheiro ainda.
sentou em um dos bancos da praça e ficou a olhar os feirantes armarem suas barracas. A maioria deles em silêncio e com a cara sisuda como se tivesse concentrado na montagem das barracas.
Acendeu um cigarro e deu vontade de tomar um café antes de fumar, mas lembrou que estava sem dinheiro.
Tirou um livro da bolsa e passou a mão por cima da capa. Abriu mais ou menos no meio do livro e na primeira linha da página estava escrito:
"Pensei que passava mais um domingo, que mamãe já estava enterrada, que ia regressar ao trabalho e que, no fim das contas, continuava tudo na mesma". Era um livro de Albert Camus que ele havia levado para trocar por outro, já que na feira tem um barraquinha que vende e troca livros.
O sol estava com toda a sua força a espalhar seu brilho e calor.
Devolve o livro à bolsa e, resolve passear até que as barracas estejam todas armadas.
Acende outro cigarro e passa por um mendigo com sangue no rosto falando alguma coisa com a voz embaralhada, próximo ao o Mendigo crianças jogando bola com as trava de chinelos e outro atenciosamente mexendo rapidamente seu telefone celular.
O Mendigo lhe pede um cigarro, ele entrega o que já estava fumando. Volta a sua caminhada com o sol radiante, ofuscando um pouco a sua visão.
Mulheres conversam sentadas nos bancos com crianças no colo.
Retorna a feira e as barracas estão prontas, as pessoas se aglomeram para ver todos os artesanatos que se vende na feira. Agora, todos os feirantes atendem as pessoas com largos sorrisos. Ele se dirige até a barraca
De livros. Procura um que não leu ainda para trocar pelos livros que trouxe na bolsa de couro.
Trocou os livros na feira e foi embora para seu quarto alugado no largo da concórdia no Brás.
No meio do caminho a moto entrou em reserva. Parou num posto e mandou completar o tanque da moto e pediu um café na loja do posto. Pagou com seu cartão no crédito e foi embora.
Em casa, já era quase hora de almoço, esquentou comida que havia sobrado da janta. Almoçou, acendeu um cigarro e iniciou o prólogo do livro até que sentiu sono e com o livro sobre o peito dormiu. Acordou, esquentou o café e terminou o prólogo do livro.
Leu até às quatro horas da tarde e foi se preparar para a pelada com amigos. Ao pegar a moto no estacionamento, ele viu a viatura com os policiais que o abordara de manhã e ficou um pouco receoso para sair novamente. A viatura passou e ele ficou a imaginar um pouco se os policiais estavam preservando a ordem e a paz ou se estava a flagrar algo para seus "chamados lanches".
Pegou a moto logo quando a viatura seguiu.
Próximo do campinho de futebol um senhor de aproximadamente uns sessenta anos parado num semáfaro é chingado por um moto boy por não deixar espaço entre um ônibus e seu caminhanzinho de mudança doméstica. O motoboy chega a quebrar o retrovisor da caminhonete e chuta a porta, o senhor nada fala enquanto um casal de namorado está aos amassos num muro em frente ao local sem se importar com a discussão.
Era uma hora muito boa de descontração aos sábados à tarde o jogo com os colegas, que apesar de parecerem amigos, nunca os vira em outro local a não ser no campinho de terra batida. Era sempre um dos primeiros a ser escolhido, pois jogava bem futebol.
Antes de voltar para casa, toma uns copos de cerveja num bar próximo dali com a rapaziada do jogo e lembra que está sem dinheiro para pagar uma rodada de cerveja e diz pra turma que precisa ir embora pois tem um compromisso. Se despede e segui.
Em casa, no celular uma mensagem de sua namorada. Ele liga e ela diz que quer ir ao shopping comprar uma bolsa e uma sandália de uma marca famosa. Ele diz que está sem dinheiro e não poderia ir, Que deixasse para irem no próximo mês. Então ela desliga o telefone sem se despedir, ele tentar ligar achando que havia caído a ligação, mas só chamava.
Resolve então ir na casa dela. Ao chegar ele aperta a campanhia. Ela vem até a porta e ele a chama para ir até sua casa, estourar uma pipoca e assistir um filme. Ela fala que não dá mais para levar aquele relacionamento e quer terminar. Ele não entende e pede para entrar, ela simplesmente fecha a porta. Ele volta para casa, enche a banheira, abre uma garrafa de uísque e afoga-se.

Ilusão!?


                                                                 
Certo homem morava sozinho numa casinha bem humilde. Apesar de ser muito pobre o homem tinha uma alegria de viver que contagiava a todos. Ele trabalhava em um aterro sanitário na coleta seletiva.

Dizia ele- fazemos um trabalho muito importante para o meio ambiente.
Muito alegre, todos gostava dele e de sua forma simples de enxergar o mundo.
Em uma noite, depois de um dia exaustivo de trabalho, ele sonhou que ganhava na loteria milhões.

Acordou com esse sonho na cabeça e depois do café foi ao trabalho. Próximo ao ponto de ônibus havia uma casa lotérica onde ele resolveu fazer uma aposta com os números do sonho. Aquele dia foi um dia como todos os outros dias de trabalho duro, porém de descontração e alegrias. Contou o sonho para os colegas e da aposta que tinha feito na casa lotérica.
Todos brincando pediam que se ele ganhasse, ajudasse os demais a comprar casas, uns pediam carros e coisas desse tipo.

O homem foi embora para casa e na manhã seguinte fez como todos os dias da semana. No ônibus seguindo para o trabalho, sentado do seu lado estava um senhor lendo o jornal e ele pediu para pesquisar o resultado da loteria. Qual foi o espanto dele quando viu no jornal os mesmos números do seu jogo. O senhor dono do jornal percebeu sua fisionomia pálida e alegre e pergunta se está tudo bem. Ele responde que sim e desce no próximo ponto. Desceu com o coração acelerado e meio desnorteado. Viu uma banca de jornal e comprou um para confirmar se realmente tinha ganhando. Sim, eram os mesmos números que ele Havia jogado.

Meses depois o homem morava em uma bela casa em um dos melhores bairros da Cidade, Nunca mais viu os colegas de trabalho e aquela alegria contagiante de antes deu lugar a uma preocupação desesperada de não perder sua fortuna.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012



                              Os Sete pilares da Terra

Em sete dias, Deus  criou sete mundos e a cada dia o Onipotente cuidava de cada um dos mundos que criou.
Deus sentia muito orgulho das maravilhas de suas  criações e vivia a admirar com muito zelo por todas as suas criaturas. 

Todos os mundos que Deus criou lhe dava muita satisfação a não Ser  Por um: o planeta Terra. De todas as criaturas que criou havia uma espécie, nesse planeta, que não lhe agradava ; o ser humano. Esses animais, que eram racionais , logo se sentiu superior ao seu criador e os sentimentos egoístas e mesquinhos tomou conta do seu ser. Deus começou a assistir a espécie humana se digladiando em nome do poder que eles cultivavam como única divindade.
Hoje tudo  está sendo destruído pela ambição do homem e por seus sentimentos mais catastróficos, levando a Terra a uma destruição irreversível. 

Como Deus se cansou de tantos atrocidades  cometidas pelos seres humanos, ele decidiu exercer o seu próprio  livre arbítrio. Resolveu tomar sorvete nos tempos que lhe era preenchido para cuidar Terra e deixar  o ser humano destruir-se naturalmente como já está acontecendo.

A Natureza já esta se encarregando de se refazer e extinguir a espécie humana da Terra. O clima muda radicalmente, os oceanos eleva o nível de suas águas, a temperatura esta aumentando, as estações do ano estão alteradas e a erosão castiga o solo. 

Com isso, Deus agora tem um Dia de folga para passear e dedicar-se um pouco mais. Ele agora joga golfe com os Anjos e celebram os outros seis mundos possíveis. 

PS     O Paraíso será aqui...

domingo, 27 de maio de 2012

Cadeia dos Seres Criados

Cadeados no portão
Cheiro de pólvora no ar
Na escura rua uma explosão
Menos uma alma em seu lar

Nos olhos apenas ódio
Pelas mãos muitas vidas tirou
De quem é a culpa dele
Ou da sociedade que formou?

Não consegue aceitar
Muito menos compreender
Porque alguns com muito
E, ele sem o que comer

Quando criança sofreu
Os males de menino de rua
Cresceu sem ser enxergado
Abandonado pela opnião pública

Náo conheceu afeto
Só compreendeu o mal
Para ele a vida pouco valia
Matar ou morrer era banal

Em uma tarde chuvosa
Um latrocínio ocorreu
Trocou tiros com a policia
Com sete tiros morreu

Enterrado como indigente
Ninguém em seu funeral
Se foi uma vida sinistra
Se foi um filho do mal

Não foi apenas sua culpa
As vidas que muito finou
Apenas puxou o gatilho
E o monstro SIST auxiliou

sábado, 24 de março de 2012

A Repetência e o Aluno

Estava a ler uma reportagem no site da revista Nova Escola sobre o questionamento da repetência dos alunos. Se melhora o desempenho educacional, reté-lo ou prejudica a sua trajetória na educacao básica?
Segundo o SITE, reter o aluno possibilita uma grande chance de que ele seja reprovado novamente ou abandone a escola.
Vera Masagão, pesquisadora e coordenadora geral da Ação educativa em São Paulo, Comenta que:

"A repetência não traz benefícios para o aluno. Ele não vai aprender mais ao ser afastado de sua turma e passar mais um ano assistindo às mesmas aulas dadas no ano anterior. É preciso avaliar quais são suas deficiências. Não basta passar de ano. O importante é aprender."

Creio que a maioria dos professores da educação básica concordam plenamente com a reportagem do site e da pesquisadora Vera Masagão. Porém, como fica o desempenho do aluno fora da escola, ou seja, ao fazer o vestibular, entrevista de emprego ou um concurso público? Será que o aluno encontrará as mesmas Facilidades da aprovação automática na vida? É preciso refletir sobre essas ações ou seja, as universidades públicas precisam se adequar a esse aluno que sai da escola sem condições nenhuma de passar em um vestibular público. Criar cotas para o aluno semi-analfabeto.
Ou será que para os nossos governantes esse tipo de aluno não fará falta para o mercado de trabalho?
É por isso que dizem que o Brasil é o país do futuro, porque ele nunca terá um presente.

O que realmente pode ser feito de objetivo para rever essa defasagem de nossos estudantes de escola pública? Buscar O modelo educacional europeu, como acontece, funciona de fato para um país que possui uma estrutura social e econômica totalmente Deficientas para atender a sua população? As perguntas são pertinentes, pois são de fatos os professores que estão vivendo com essas realidades em sala de aula e, que conhecem as mazelas de lecionar no Brasil, e mesmo assim, nunca fora pedido a opinião desses profissionais para nada.
O caso é sério e acho que està mais que na hora de algo realmente consistente acontecer na estrutura educacional do nosso país, tendo em vista que esse modelo que aí está não funciona para a maioria dos nossos educandos.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

A sombra oculta

                                                     Imagem retirada da Internet
Acabou a força;
acende o lampião.
Acabou o arroz;
mas não o feijão.
Acabou a massa;
não asse o pão.
Acabou a gasolina;
vá a pé então.
Acabou as lágrimas;
alegrou-se o coração.
Acabou o olhar;
também  a admiração.
Acabou a cultura;
pela má educação.
Acabou a luta;
mas a batalha não.
Acabou a vida;
na morte pode estar a explicação.

       Tudo passa, tudo acaba, tudo é pura ilusão.